Tampo meus ouvidos com um rock brasileiro, consumo de notas histéricas, de uma guitarra rachada, qualquer coisa que me sacie um pouco - mas isto não faz. Coisa que me acoberte o mínimo.
Apenas QUERO.
E escrevo. Tarefa de sincronizar o que sinto com o pensamento e o pensamento com a velocidade da escrita.
(uma caneta melhor me ajudaria a sentir).
Não suporto o que sinto penso, e assim a coisa toda pára no ar. Não se realiza, e eu existo pouco.
(desço do ônibus)
Queria ser uma garota baixa, de pele parda, cabelo alisado, marca de antigas espinhas; jeans e e uma camiseta de moda da novela (das 7), justa contra a minha barriga e as dobras da minha barriga.
Pra que ninguém me olhasse. (e nunca falariam em inglês comigo, "téxi, téxi").
Andaria desapercebida, oculta, só, livre.
Caminho rápido pensando assim. Nenhum taxista me olha, não me chamam. Ninguém me oferece uma van pra Macaé, Macaé. Cabo frio, Búzios. Entro direto na rodoviária, inédito.
Acho que sou aquela garota.
E outra vez: rock. A escrita. O mínimo. Pra que eu sinta o poço fundo do meu desejo. (sou grata aos chavões)
22/04/2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário