09/08/2008

da janela, tudo o que passa é cotidiano

Todo dia esse cara passa, com uma mochila enorme. Negro e moleque; belo, mas presunçoso. Chega pelo mesmo lado com a mesma expressão. Queixo bem erguido. Lento a passos largos, olhos baixos e a sobrancelha alta.
É um bar onde ele pára e entra pro trabalho.

Dali vai sair às 19hs pra tomar uma cachaça num lugar mais barato.


No restaurante onde estou:
Chega um grupo na mesa do lado. Quatro mulheres e um homem mais velho.
A mais nova: - ô moço, garçom... liga a televisão, hein? não gosto de ficar em silêncio.
- vamos conversar, ué! - O cara.
Mas as pernas tremem:
- não... eu gosto de um som, assim, atrás. - Gesticula em volta das orelhas.
RJ TV.

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