A tristeza é lenta,
O prazer é ágil.
(claro que nem toda a rapidez é feliz).
O prazer é do corpo, é sede que move,
é a sede e a satisfação juntas.
A dor caminha.
Mas aceita - e quase goza um gozo sofrido -
quando pára
e se debruça sobre uma folha de papel.
Folha leve,
tempo lento.
Tudo escorre,
se esparrama.
A dor escoa
no ritmo que quiser.
(batidas na cadência de um jazz
e baquetas raspam na caixa,
caem junto com o compasso)
Já a alegria,
explode.
E não me deixa continuar aqui sentada.
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