Eu poderia escrever pela vida inteira,
preencher com palavra
todos os espaços
vazios.
Dobras,
nervuras,
interstícios,
ligamentos.
Mas aí faltaria melodia.
E então, música:
movimento, dois acordes,
um compasso diário.
Faltaria amor
...e eu seguiria com o cavalheiro,
lhe concedendo a honra de dançar uma valsa.
Rodopiaria pelo salão,
num vestido imenso
brega, azul.
E aí me faltaria a palavra.
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